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O projeto "Me dê Motivos OPA+GIA", realiza de 29 de fevereiro a 12 de março, o encontro entre os coletivos de arte OPAVIVARÁ! do Rio de Janeiro e o GIA da Bahia. A residência artística dos dois grupos durante dez dias será um intercâmbio artístico-cultural para o compartilhamento de ideias, pesquisas,projetos e processos de acordo com as experiências de trabalho de cada grupo. Os dois coletivos têm participado ativamente da cena de arte contemporânea brasileira e de diversas exposições de arte inclusive no exterior. A parceria entre o GIA e o OPAVIVARÁ! começou há 4 anos, quando aconteceu o Encontro de Coletivos Brasil e Espanha no Q.G. do GIA, realizado no Matadero Madrid. O segundo encontro foi em 2010 no evento Encontros Contemporâneos da Arte realizado no MAM-RJ, que comemorava os trinta anos dos famosos Domingos da Criação, organizados pelo crítico de arte Frederico Morais. Além deste projeto de residência e intercâmbio o Projeto OPA + GIA proporcionou a ida do OPAVIVARÁ! para o FIAR (encontro de coletivos que se deu na cidade de Cachoeira, organizado pelo GIA).



SOBRE O OPAVIVARÁ!:

A proposta do grupo é realizar experiências poéticas coletivas interativas. As ações devem gerar fluxos de arte e poesia no espaço ocupado e promover a desconstrução temporária das estruturas de poder tanto da arte, num primeiro plano, como de toda a sociedade, num campo mais expandido.
Em nossas experiências buscamos deslocar todos os participantes de suas funções institucionais (artista, autor, crítico, curador, galerista, público, espectador, etc.) transportando-os para o campo experimental das relações poéticas. 
Desenvolvendo ações interativas-imperativas, onde o público não é apenas convidado a interagir, mas a ação depende da participação desse para acontecer, tiramos o espectador de seu lugar comum e o colocamos no lugar do artista, gerando alterações das ordens perceptiva e política sobre todo o nosso universo de relações, desencadeando um questionamento reflexivo sobre nossas experiências cotidianas.




SOBRE O GIA:


Aleatoriedade, humor e reflexões a respeito da vida cotidiana e suas singularidades: talvez esses sejam pontos chaves do Grupo de Interferência Ambiental - GIA, coletivo artístico que foge a qualquer tentativa de definição.

O grupo é formado por artistas visuais, designers, arte-educadores e (às vezes) músicos que têm em comum, além da amizade, uma admiração pelas linguagens artísticas contemporâneas e sua pluralidade, mais especificamente àquelas relacionadas à arte e ao espaço público. Pode-se dizer que as práticas do GIA beberam na fonte da arte conceitual, em que o estatuto da obra de arte é negado, em favor do processo e, muitas vezes, da ação efêmera, buscando uma reconfiguração da relação entre o artista e o público.

Um dos principais objetivos do grupo é a utilização de meios que possibilitem atingir uma margem cada vez maior de pessoas, tomando de assalto o espaço público. Assim, as ações do GIA procuram interrogar as condições em que os indivíduos atuam com os elementos do seu entorno, produzindo, assim, significados sociais. E esses significados, são também, processuais, pois segundo John Cage “o mundo, na realidade, não é um objeto, é um processo”. O GIA, portanto, está disposto a questionar as convenções sociais sempre que possível, através de práticas concretas infiltradas em pequenas transgressões.

A estética GIA, baseada na simplicidade e ao mesmo tempo irônica, procura mostrar, portanto, que a arte está indissoluvelmente ligada à vida.




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